XENOFONTE
XENOFONTE
Xenofonte nasceu em Atenas, em uma família abastada e foi discípulo de Sócrates até 401 a.C., quando se juntou aos mercenários gregos que combateram na Pérsia em favor de Ciro, o Jovem, contra seu irmão, Artaxerxes II.
Os gregos venceram, mas Ciro foi morto e após a batalha de Cunaxa. Os mercenários (chamados de "Os Dez Mil") tiveram de fugir, atravessando um território hostil. Xenofonte foi um dos líderes da bem sucedida retirada. Lutou novamente contra os persas ao lado dos espartanos e tornou-se amigo do rei Agesilau (396 a.C.). Acompanhou-o de volta à Grécia quando começou a Guerra de Corinto (395/387 a.C.) e consta que ficou do lado de Esparta durante a batalha de Queronéia (394 a.C.), aparentemente sem participar dos combates.
Devido ao seu alinhamento com os interesses espartanos, os atenienses exilaram-no e confiscaram seus bens. Esparta o acolheu e concedeu-lhe uma propriedade na Élida, perto de Olímpia (390 a.C.). Durante os 20 anos seguintes, Xenofonte foi apenas um abastado proprietário rural e escreveu grande parte de suas obras.
Após a derrota dos espartanos em Leuctras (371 a.C.), porém, teve de se refugiar em Corinto. Anos antes, com a reaproximação de Atenas e Esparta, seu exílio havia sido revogado, mas ele aparentemente não voltou mais à pátria. Seu filhos, no entanto, lutaram no exército ateniense e um deles, Grilo, morreu em Mantinéia (362 a.C.).
Sua última obra parece ter sido escrita em 355 a.C. ou poucos anos depois. Todas as suas obras foram conservadas. Pode-se dividi-las em três grupos:
1) Obras "quase" históricas: "Anábase", "Helênicas", "A Educação de Ciro" (370 a.C.), "Agesilau" (360 a.C.).
2) Obras socráticas: "Memoráveis", "Apologia de Sócrates", "O Banquete", "Econômico".
3) Obras "menores": "A Constituição dos Lacedemônios", "O Comandante de Cavalaria", "Hieron", "Da Equitação", "As Rendas" (355 a.C.).