PERÍODO PRÉ - SOCRÁTICO

PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICO

 

O período pré-socrático inicia-se por volta do século VI a.C., quando aparecem os primeiros filósofos nas colônias gregas da Jônia e na Magna Grécia.

Podemos dividi-los em várias escolas:

Escola Jônica:

     fazem parte os seguintes filósofos: Tales, Anaximandro, Anaxímenes, Heráclito, Empédocles.

Escola Itálica: Pitágoras;

Escola Eleática: Xenófones, Parmênides, Zenão;

Escola Atomista: Gencipo e Demócrito.

Esse período caracteriza-se como uma nova forma de analisar e ver a realidade. Antes esta era analisada e entendida, apenas do ponto de vista mítico, agora é proposto o uso da razão, o que não significa dizer que a filosofia vem para romper radicalmente com o mito, mas sim para suscitar o uso da razão no esclarecimento, sobretudo da origem do mundo.

   Os antigos relatos míticos da origem, inicialmente transmitidos oralmente e depois transformados em poemas por Homero e Hesíodo, são questionados pelos pré-socráticos, cujo objetivo principal é explicar a origem do mundo a partir do "arché" ou seja, o elemento originário e constitutivo de todas as coisas. Nessa busca de desvendar racionalmente a origem, cada um surge com uma explicação diferente, como por exemplo:

- Tales: a origem é a água;

- Anaxímenes: a origem é o ar;

- Anaximandro: a origem está no movimento eterno que resulta na separação dos contrários (quente e frio, seco e úmido, etc.)

- Heráclito: tudo muda, tudo flui. A origem reside num constante ‘devir".

- Parmênides:

A origem está na essência: o que é, é e não pode ser ao mesmo tempo.

     Outra diferença que podemos notar entre a filosofia nascente e as concepções míticas é que esta era estática, ou seja, não admitia reflexões ou discordância.

       A filosofia nascente por sua vez, deixa o espaço livre para reflexão, daí cada filósofo surgir com uma explicação diferente para o "arché", ou seja, a origem.            Apesar dessas diferenças, vale ressaltar que não há uma ruptura radical com o pensamento mítico, permanecendo este, presente em algumas explicações desses filósofos frente às divindades, uma vez que este não aceita a interferência dessas nas explicações. Assim, a "phisys" (natureza)é dessacralizada e todas as afirmações passam a exigir fatos que justifiquem as idéias expostas.

   Toda essa mudança de pensamento é de fundamental importância para o enriquecimento das reflexões pedagógicas em busca de uma educação ideal que faça do homem grego senhor de si mesmo, combatendo assim, as velhas idéias de submissão às explicações puramente mitológicas.